A menina viu uma coisa que a fez lembrar do passado. De repente aquilo se repetiu e a menina sentiu um frio na barriga...Temeu que a ponte fosse ruir, mas no seu ímpeto de encontrar o que estava depois daquele abismo ela continuou em frente. Ou ela veria um horizonte amplo quando chegasse ao outro lado ou cairia sem rede de proteção do lugar mais alto de onde já estivera.
Ela reparou que pensar naquilo não a levaria longe. Então absteve-se de si mesma e passou um tempo a se imaginar no lugar de outras pessoas. Lembrou-se dumas fotos feitas nas cercanias de Chernobyll 15 anos depois do acidente, lembrou-se das creches sem crianças, com brinquedos abandonados pela pressa e pelo medo, das casas com lembranças de anos deixadas pelo desespero. Lembrou as casas destruídas pela guerra, com paredes metralhadas, como nem nos piores tiroteios no Brasil se vê. Vieram-lhe à memória a destruição do furacão Katrina, os resquícios dos áureos tempos de Cuba. Ela pôde ver que o que lhe angustiava era pouco.
Estranhamente a menina tinha sonhos com o horizonte, e isso a preocupava, porque, em geral, as coisas que ela sonhava nunca se tornavam reais. Opa! então ela queria que seu sonho acontecesse?
sábado, 26 de setembro de 2009
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